REABERTURA PRÉ-ESCOLAR

APLICAÇÃO DE MEDIDAS INTERNAS | PRÉ-ESCOLAR

PLANO DE CONTINGÊNCIA | COVID-19

Caros Pais,

Como é do conhecimento geral, o contexto atual relativo ao COVID-19 tem motivado as várias Instituições a estabelecerem medidas de contingência. O presente documento define um conjunto de normas a observar na reabertura da resposta social de Pré-escolar, no sentido de orientar e harmonizar o processo, de modo seguro e informado, tendo em vista a segurança das crianças e dos profissionais. Sendo assim, foram reforçadas as medidas de prevenção e controlo.

Sem descurar as medidas excecionais que a situação pandémica que vivemos exige, não podemos perder de vista a importância das aprendizagens e do desenvolvimento das crianças, bem como a garantia do seu bem-estar e direito de brincar. É também essencial considerar que as interações e as relações que as crianças estabelecem com os adultos e com as outras crianças são a base para a sua aprendizagem e desenvolvimento. Toda a comunidade educativa terá um papel essencial no sentido de garantir as condições necessárias para que as crianças possam frequentar a educação pré-escolar com o máximo de segurança.

Neste contexto, a organização do ambiente educativo foi repensada e planeada, tendo em conta a situação que vivemos e a especificidade de cada contexto, no respeito pelas Orientações Curriculares da Educação Pré-Escolar (OCEPE) e em consonância com as orientações emanadas da DGS.

I. Reabertura do Pré-escolar

Tendo em conta o guião do gabinete da secretária de estado da ação social, publicado na Orientação nº 025/2020 da DGS no dia 13/05/2020, foram ou serão concretizadas determinadas medidas tais como:

1. A limpeza geral das instalações, e das salas com funcionamento exclusivo de respostas sociais da área da infância em conformidade com a orientação 014/2020 da DGS.
2. Realizados testes de rastreio à COVID-19, as funcionárias desta resposta social no dia 13/05/2020;
3. Criação de espaços “sujos” e espaços “limpos” estabelecendo circuitos de entrada e de saída;
4. Serão implementados procedimentos de vigilância ativa e cumprimento rigoroso de todas as orientações da DGS.

II. Formação e informação

Todos os profissionais e pais com crianças integradas nestas respostas sociais devem ser informados sobre o Plano de contingência COVID-19.

III. Horário

O horário de funcionamento da Institução será flexibilizado, adequando-o às necessidades dos pais/encarregados de educação, não devendo a criança permanecer na mesma por período superior ao estritamente necessário (horário laboral dos pais).

IV. Procedimentos na Receção das Crianças

1. Não é permitido o acesso dos pais ou acompanhantes das crianças ao interior da instituição. O número de pessoas autorizadas a entregar ou a recolher as crianças deve ser limitado apenas a uma pessoa.
2. Para garantir a maior segurança das crianças para a realização de atividades ao ar livre decidimos delimitar o parque de estacionamento. Sendo assim, o acesso à Instituição será feito apenas pela entrada dos carros (estando o portão pedonal do jardim fechado), permitindo assim a desinfeção da área exterior onde só terão acesso as crianças, depois de entrarem na instituição. As crianças de creche tem o seu próprio parque exterior, que não será partilhado com outro grupo.
3. Toque à campainha e aguarde que uma colaboradora lhe abra a porta (os pais têm de ter máscara e apenas poderão ficar no local das assinaturas, descalçando a criança e colocando os sapatos num saco disponibilizado para o efeito). Neste espaço, apenas poderá estar uma criança de cada vez com o seu acompanhante. Visto a receção ser feita de forma individual, os pais ou acompanhantes deverão aguardar em fila com o devido distanciamento social.
4. Estará uma funcionária (com equipamento de proteção) a receber a criança, que deverá medir e registar a temperatura da mesma, ainda na presença dos pais. Caso a criança apresente 37,5 ̊C não poderá ficar na instituição.
5. Os casacos das crianças devem ser retirados e levados pelos pais, e ficam à sua responsabilidade.
6. A funcionária que recebe a criança deverá calçá-la com os sapatos exclusivos para usar dentro da instituição e vestir o bibe. Em seguida, acompanha a criança à respetiva sala.
7. As crianças devem ter calçado confortável e prático (exemplo sapatilhas/crocs) para uso exclusivo no interior do estabelecimento.
8. As crianças têm de trazer dois bibes. Os bibes são sempre lavados na instituição.
9. No caso das crianças do Berçário é necessário dois bibes (cor verde, devidamente identificados) e meias antiderrapantes para utilizarem dentro da instituição.
10. As crianças terão de ter sempre duas mudas de roupa (no mínimo) e um agasalho para o recreio. Cada peça de roupa terá de estar devidamente identificada.

V. Procedimentos nas saídas das crianças

1. Não é permitido o acesso dos pais ou acompanhantes das crianças ao interior da instituição.
2. Para garantir a maior segurança das crianças na realização de atividades ao ar livre decidimos delimitar o parque estacionamento, conforme referido na alínea 2, no ponto 4.
3. Os pais tocam à campainha aguardando que uma colaboradora lhes entregue a criança e os respetivos sapatos.

VI. Normas de Prevenção e Risco de Contaminação

1. 1. Todas as funcionárias usam máscara protetora, bata de manga comprida (ou manguitos) e calçado de uso exclusivo para dentro da instituição.
   2. Todos os dias de manhã as funcionárias fazem o controlo da temperatura corporal.
   3. As funcionárias cumprirão as estratégias de autocuidado (Lavar e/ou desinfetar frequentemente as mãos; adotar medidas de etiqueta respiratória (tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com o braço ou um lenço de papel que deve ser colocado imediatamente no lixo apropriado).
   4. As crianças serão estimuladas e incentivadas a cumprir as estratégias de autocuidado (Lavar e/ou desinfetar frequentemente as mãos; adotar medidas de etiqueta respiratória (tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com o braço ou um lenço de papel que deve ser colocado imediatamente no lixo apropriado).
   5. As crianças não podem trazer brinquedos de casa nem acessórios desnecessários. Os pertences essenciais têm de vir dentro de um saco de plástico devidamente fechado.
   6. Serão disponibilizados lenços de papel descartáveis nas salas.
   7. Será feita a renovação de ar das salas frequentemente, de acordo com orientações da DGS.
   8. Garantir-se-á que em nenhuma situação serão colocadas máscaras às crianças.
   9. As crianças não podem trazer pulseiras, anéis, tiaras.
   10. Serão disponibilizados recipientes individuais de água para todas as crianças, devidamente identificados.
   11. O atendimento aos pais será realizado, na medida do possível, à distância. Privilegiaremos o contacto (troca de informações) através do email ou por mensagem.
   12. As superfícies (mesas, bancadas, maçanetas de portas) serão limpas várias vezes ao dia, com um produto de limpeza desinfetante.
   13. As casas-de-banho e os pavimentos serão desinfetados (com produto adequado) todos os dias, várias vezes ao dia.

VII. Cuidados genéricos nas rotinas com as crianças

            Os profissionais, na medida do possível, ao lavar, alimentar ou segurar crianças devem:

• Evitar tocar na face, olhos ou boca da criança sem ter as mãos higienizadas;
• Limpar o nariz da criança com lenço descartável que é colocado em recipiente próprio;
• Lavar as mãos, o pescoço e qualquer local tocado pelas secreções de uma criança;
• Trocar de roupa, sempre que necessário, perante a existência de secreções, procedimento que deve ser acompanhado de posterior lavagem das mãos.

VIII. Refeições

1. Durante o período de refeições as medidas de distanciamento e higiene serão mantidas;
2. A deslocação para a sala de refeições será desfasada para diminuir o cruzamento de crianças;
3. Antes das refeições, as crianças farão os procedimentos de higiene necessários;
4. Cada criança terá o seu lugar identificado.
5. É realizada a adequada descontaminação das superfícies utilizadas entre trocas de turno (mesas, cadeiras de papa, entre outras).

IX. Utilização da casa de banho

1. As idas à casa de banho devem ser, no máximo, de 2 crianças de cada vez;
2. A limpeza e desinfeção das sanitas, interruptores e torneiras serão feitas frequentemente;
3. Será assegurada a adequada lavagem das mãos das crianças sempre que estas utilizem a casa banho, assim como da funcionária que a acompanhará.
4. A roupa suja da criança permanecerá e será feita a sua higienização na instituição.

X. Atividades pedagógicas, lúdicas e de motricidade

1. Considerar que a situação que vivemos e a especificidade de cada contexto implicam, necessariamente, uma flexibilidade e adequação na organização das rotinas, dos espaços, dos materiais e das atividades.
2. Nesta fase serão cancelados os espetáculos, as festas internas, as reuniões de pais presenciais, as idas à praia, ao campo, etc.
3. O número de brinquedos por sala será reduzido;
4. Todos os brinquedos ao acesso das crianças serão selecionados/limitados em cada dia da semana.
5. Todos os brinquedos ao acesso das crianças serão desinfetados.
6. As atividades devem ser desenvolvidas, preferencialmente, individualmente ou em pequenos grupos, apoiadas pelos profissionais que se encontram com as crianças;
7. Privilegiar as atividades que decorram no exterior (pátios, logradouros, jardins), em regime rotativo dos grupos.
8. Deve ser maximizado o distanciamento físico entre as crianças quando estão em mesas, sem comprometer o normal funcionamento das atividades pedagógicas.
9. Garantir a existência de material individual necessário para cada atividade.
10. Os projetos pedagógicos terão as devidas adaptações, sendo eliminadas todas as atividades extras ou com participantes externos (com exceção de atividades terapêuticas e/ou de intervenção precoce na infância).
11. Criar uma nova rotina pedagógica, tendo em conta as orientações da DGS, em articulação com os       fundamentos e princípios da pedagogia para a infância definidos nas OCEPE.
12. Pese embora as regras atuais de distanciamento físico, importa não perder de vista a importância das aprendizagens e do desenvolvimento das crianças e a garantia do seu direito de brincar.
13. Estar atento ao bem-estar das crianças e responder às necessidades emocionais, físicas e cognitivas das mesmas, uma vez que o desenvolvimento e a aprendizagem são indissociáveis.
14. É também essencial considerar que as interações e as relações que as crianças estabelecem com os adultos e com as outras crianças são a base para a sua aprendizagem e desenvolvimento.
15. 15. Dar a conhecer às crianças as novas regras de convivência social, levando-as a compreender a importância das novas formas de interação entre pares e com os adultos. É importante prestar atenção às suas dúvidas e angústias, tranquilizando-as e ajudando-as a compreender a importância do cumprimento destas novas regras, para a segurança e bem-estar de todos.
16. Conversar com as crianças acerca das alterações das suas rotinas e ouvir as suas opiniões e sugestões.
17. Realizar o registo das novas regras de segurança e com as crianças elaborar cartazes, panfletos, etc., afixando-os em local visível do Jardim de Infância e/ou da sua sala.
18. Planear atividades e projetos, escutando as crianças sobre como os podem desenvolver, tendo em conta o contexto atual.
19. Privilegiar a utilização das tecnologias de modo diversificado com diferentes funções, como recolha de informação, registo, comunicação, etc., com recurso à projeção, por exemplo, de visitas virtuais a museus, parques, palácios, audição de concertos de música, visualização de peças de teatro e documentários sobre assuntos que lhes interessem.
20. Promover atividades como a leitura de histórias em círculo alargado.
21. Privilegiar atividades que recorram a materiais mais facilmente higienizáveis, evitando aqueles que, pelas suas características, apresentam maior risco de contaminação.

XI. Procedimentos para crianças com sinais de alerta

Caso a criança apresente algum sinal de alerta preocupante (febre; tosse; dificuldade respiratória, dor de garganta e dores musculares) será acompanhada por uma funcionária até à sala de isolamento onde serão feitos os seguintes procedimentos:

1. A criança deverá ser levada para a área de isolamento por uma auxiliar, que ficará com ela.
2. Deverão ser colocados todos os equipamentos de proteção obrigatórios na auxiliar. Na área de isolamento temos equipamento de proteção individual adequado (máscaras, gel desinfetante à base de álcool, toalhetes de papel, termómetro). Está definida uma casa de banho para uso exclusivo do suspeito (casa-de-banho da esquerda do Hall de Entrada, a mais pequena).
3. Informar a chefia direta (Diretora Técnica/Diretora Pedagógica) que assegura a assistência necessária em articulação com a auxiliar que acompanha a criança (contactar o encarregado de educação e o Delegado de Saúde).
4. O encarregado de educação do caso suspeito será de imediato contactado para vir de seguida buscar a criança e terão de contactar o SNS 24 (808 24 24 24). O encarregado de educação terá de levar a criança.
5. Uma criança que foi para casa com qualquer sintoma acima referido, no seu retorno terá sempre de ser acompanhada com uma declaração médica em como está apta a frequentar a instituição.
6. As Autoridades de Saúde locais serão imediatamente informadas do caso suspeito e dos contactos da turma, de forma a facilitar a aplicação de medidas de Saúde Pública aos contactos de alto risco.
7. Será reforçada a limpeza e desinfeção das superfícies mais utilizadas pelo caso suspeito e da área de isolamento, nos termos da Orientação 14/2020 da DGS.
8. Os resíduos produzidos pelo caso suspeito serão acondicionados em duplo saco de plástico resistente, com dois nós apertados, preferencialmente com um adesivo/atilho e colocados em contentores de resíduos coletivos após 24 horas da sua produção (nunca em ecopontos).

MATERIAL NECESSÁRIO PARA O REGRESSO AO PRÉ-ESCOLAR

Chegou o momento de prepararmos tudo para regressar ao nosso Centro! Na próxima segunda-feira, Dia Mundial da Criança, a Carla e a Guida vão estar aqui à vossa espera. Por causa do “Rei Vírus” que apareceu no Planeta Terra e com o qual estamos a aprender a viver, organizámos a sala de uma forma diferente para nos mantermos em segurança.  

Neste sentido, as crianças vão necessitar de trazer dentro de um saco de plástico, os seguintes pertences:

• 2 Bibes;
• Uma muda de roupa;
• Um par de sapatos práticos (sapatilhas/socas) para ficar no Centro;
• Uma caixa de plástico com marcadores e lápis de cor (aquela que foi para casa);
• O livro de atividades.

Estaremos sempre ao serviço da comunidade.

Voltamos com alguns cuidados redobrados e com novas medidas, com muito amor e um grande sorriso nos nossos olhos.

Vestiaria, 26 de Maio de 2020